quarta-feira, 11 de novembro de 2009

11º capitulo - "É a vida!"

Eis que Osvaldo refletia. Já tinha uma idade avançada, era rico e bem sucedido. Nunca se casara até conhecer Fernanda, e isto fora dois anos atrás. Nunca realizaria seu sonho: se apaixonar por alguém e envelhecer com este grande amor. Já sabia que não conseguiria, pois, afinal, já havia envelhecido. Mesmo que o que sentisse por Fernanda fosse amor, ainda a atração carnal seria mais forte, ao menos por sua parte. No começo cria que Fernanda o amava, mas agora começava a notar que talvez não fosse bem assim, ela amasse apenas a seu dinheiro. Que diferencia faria? Ele já ia morrer. Deveria aproveitar seu tempo com ela.

Porém antes de se conformar com esta idéia sua consciência má, uma miniatura dele vestida de vermelho, com chifrinhos e calda pontuda chega em seu ouvido e lhe diz:

- Você é rico, aproveite! Gaste dinheiro, saia com mulheres, pague-as se preciso. Será até melhor pagar. Quanto mais você gastar menos deixará para aquela vadia usurpadora que você chama de mulher.

E não é que aquela sua consciência má, a tentação, estava certa. A parte boa de sua alma não teve nem mesmo chances para uma réplica, pois após ter essa nova concepção de vida (ou fim de vida) já levantava de sua mesa e ia embora em direção á alguma aventura sexual luxuosa que ele poderia comprar com todo o seu dinheiro. Claro que antes de sair avisou Ivanovich que este estaria responsável por toda a Zenith em sua ausência e que não queria ser incomodado.

Osvaldo sabia que assim acataria seu tão leal ajudante naquela empresa, seu braço direito. Porém Osvaldo notou que dessa vez Ivanovich pareceu meio nervoso. Não devia ser nada demais, tinha certeza.

Já eram seis horas da tarde. Foi primeiro a um bar, não um buteco, e sim um bar de verdade. Luxuoso e grande.Procurou por um que ele nunca ia, para não ter problemas de encontrar alguém ou que o procurassem. No caminho desligou seu celular. Tomou algumas cervejas, pediu um vinho, petiscou uma coisa ou outra, pediu uma tábua de frios e logo já estava indo.

Opa! Não tão logo, não tinha olhado em seu relógio ainda. O relógio em seu bolso mostrava exatamente meia noite. Ficara um bom tempo lá pensando consigo mesmo.

Bem, era hora de se divertir agora. Entrara em seu carro e dera umas voltas pelas ruas ali. Em uma esquina qualquer vira uma garota, já devia ter seus vinte e poucos anos. Era linda. Suas roupas não negavam, era uma mulher de vida fácil, ou de maneira mais simples e vulgar: uma puta!

Encostou no meio fio e ela veio em sua direção. A mulher curvou as costas e abaixou para ficar com a cabeça na altura de seu novo cliente. Isso fazia com que Osvaldo visse perfeitamente por dentro do decote da mulher que lhe prestaria serviços aquela noite.

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