sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Capitulo 13 – A noite de Ano Novo

A morte de Eduardo ainda era um mistério. Todos ainda discutiam sobre o assunto e não entendiam ao certo, o que havia ocorrido naquela noite de ano novo.
Após a tragédia, a casa de Felipe foi interditada para investigações, mesmo que o incêndio tenha destruído a maior parte do quarto; afinal, não falavam sobre uma morte qualquer, de uma pessoa qualquer. Falavam da morte um importante empresário, uma morte misteriosa, pois não sabiam ao certo o que havia provocado o incêndio, ou quem. Sim, há quem comentasse que aquilo não foi um acidente, mas sim, algo planejado.
Porém, para muitas das pessoas presentes na festa, investigação era um coisa totalmente desnecessária e a idéia de que alguém havia planejado tudo, era um absurdo.
“Quanta bobagem!” dizia Erick à Carolina, enquanto almoçavam em um restaurante. “Ele não morreu no incêndio? Não há o que investigar, você acha mesmo que alguém armaria tudo isso?”
“Ah, não sei. Vamos concordar que o Eduardo não era um santo. Você não tinha brigado com ele?
“Tinha. Na verdade, não tinha como não brigar, ele era muito intrometido. Você acha que fui errado?” perguntou Erick em tom de desafio.
“Não, claro que não! Eu também ficaria furiosa se ele fizesse algo desse tipo comigo. Nem sei o que faria no seu lugar.”
Carolina olhou para a rua, o dia estava claro, bonito. As pessoas passeavam calmamente pela rua, não aparentavam ter problemas. Sentia-se cansada, parecia que quanto mais ela tentava resolver um problema, outros apareciam.
“Tem falado com a Isabel? Você sabe como ela está?”- perguntou Erick, como se aquilo não fizesse muita diferença para ele.
“Bom, ela diz estar muito abalada com tudo, mas o Felipe a está ajudando muito, se você me entende!”
“A Isabel é uma mulher bonita e agora que está sem marido, pretendentes não vão faltar. Ela ficará com todo dinheiro, não?”
“Provavelmente. O Ricardo está bem preocupado com isso, ele não imaginava que se algo acontecesse ao Eduardo, tudo ficaria com ela. Ele quer sua parte da empresa.”
“Sabe, talvez essa história de que alguém tenha armado tudo aquilo não seja totalmente mentira. Muita gente lucraria mais sem o Eduardo do que com ele.”
“E muitos segredos não correriam o risco de serem revelados, não é Erick?” – perguntou Carolina como se o acusasse de algo.
“Concordo Carolina, da mesma forma como seria uma ótima vingança.” – encerrou Erick.
Os dois ficaram muito quietos. Talvez estivessem se arrependido de tal comportamento, de tais acusações. Ou então, estariam se perguntando do que são capazes e se realmente conhecem um ao outro.

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