quarta-feira, 11 de novembro de 2009

11° Capitulo - A Noite de Ano novo

1:30 da manhã, um novo ano nascia e junto com ele, um mistério. Depois de receber a notícia, todos voltaram para suas casas, lentamente, como se em estado de choque, não acreditando no que ocorrera, pois ao que tudo indicava, Eduardo tinha sido assassinado. Enquanto isso, de longe, seu Coutinho observava tudo, e friamente bebia seu whisky. Ainda não tinha recebido a notícia fatídica, porém já imaginava o que ocorrera. Percebeu então que Erick era um dos poucos que ainda não tinha ido embora. Estava estagnado. Parecia confuso e assustado, mas ao mesmo tempo, não demonstrava grande remorso. Finalmente alguns passos. Erick dirigiu-se até local onde ocorrera o acidente. Ele olhou para os lados como se não quisesse que o vissem, e entrou no local.
Ali perto também estava Isabel, mas não o vira entrar. Chorava desconsoladamente. Depois de alguns minutos, por incrível que pareça, já não chorava mais. Afastou-se dos poucos que ainda estavam ali e tirou de sua bolsa um celular, falava baixo e olhava a todo instante para os lados, chegou até a ensaiar um sorriso, mas se conteve. Desligou o celular e ao ver Felipe se aproximando, voltou a chorar desenfreadamente. Porque se comportaria assim? (deve ter pensado o velho). Depois ela saiu, sendo consolada por Felipe.
Alguns segundos depois, Erick saiu correndo da cena do crime, parecia levar consigo uma bolsa. Dobrou a esquina, entrou no seu carro e arrancou rapidamente.
A estranha sensação de mistério pairava no ar juntamente com uma culpa, embutida no olhar de cada um ali presente. O que se assucedera, Coutinho ainda não sabia. Mas era evidente, que algo muito grave acontecera. Sua experiência, e porque não sua intuição, lhe diziam que as coisas não iriam melhorar.
Coutinho dirigiu-se até o telefone e discou um numero rapidamente.
-Alo?!
-É um caso de emergência!

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