segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Capitulo 30 ' a noite de ano novo. ULTIMO

É, quem conta essa historia de ano novo, de longe, aqui da Espanha, sou eu. O morto, que não morreu. Eduardo.
Não me arrependo de ter fugido de tudo e omitido a verdade, era melhor ter morrido para todos, para que eu pudesse ver o quanto brigariam por meu dinheiro.
Como sobrevivi? Naquela noite de ano novo, eu estava confuso, nervoso. Não estava no clima de comemorar novos dias chegando. Mas é logico, que eu o grande empresário, Eduardo, tinha que expor um sorriso no rosto e fingir que estava contente ao menos na passagem do ano.
Antes disso precisava pensar, faltava pouco para a passagem de ano, eu então subi pra um quarto vazio da grande casa de Felipe. Enquanto subia a escada, sentia como se alguem estivesse me observando, achava que devia ser neura da minha cabeça, que se procupava demais em como resolver todos os problemas e declarar o meu amor por Carolina, sem ter que arranjar mais problemas com Isabel.
Eu abri a porta do quarto, que estava escuro. Me aproximei para acender a luz, mas desisti, os escuro me fazia refletir mais, então deitei na cama e fechei os olhos, acho que cochilei por alguns segundos, e com um calor enorme ao meu redor,eu acordei assustado imaginando já ter perdido a queima fogos.
Mas a hora que abri os olhos percebi que meu maior problema já não era ter perdido a festa toda. Eu por um momento senti medo de perder minha vida, mas respirei fundo, se é que eu conseguia respirar no meio de tanta fumaça. Sim ao meu redor tudo estava em chamas, um fogo intenso que me trasformaria em cinzas epoucos minutos, eu tentei abrir a porta, mas a maçaneta estava quente demais, eu então fui até a janela puxei a cortina. Quando me dirigi a porta novamente, senti meus pés pisando em algo. Era um corpo, já estava morto, era o mordomo, Alfred. A porta do closed estava aberta, o que demostrava que Afred passou os ultimos minutos de sua vida lá dentro, arrumando as coisas presentes.

Eu não tive tempo de sentir pena daquele pobre homem. Eu apenas o olhei, encarei o cadaver, me enrolei na cortina e sai pela porta. A unica coisa que queria era voltar para casa e dizer o quanto estava feliz em estar vivo, beijar Carolina e dizer que dali pra frente ficariamos juntos finalmente.
Eu realmente acreditava que o incendio havia sido sem querer, mas por sorte ou azar do meu destino, antes de aparecer e acalmar a todos avisando que estava bem, eu ouvi Ricardo comemorando minha morte, com outro socio. Era o fim.
Meu socio e melhor amigo, meu confidente, havia tentando me assassinar. Não havia motivos mas para eu poder confiar em alguem em minha vida, uma vez que a pessoa que eu mais depositei confiança, havia tentado simplesmente me matar.
Sim, eu estou vivo, e o corpo que até hoje foi julgado meu, era de Alfred.
Resolvi ir embora, e cuidar da minha filial aqui na Espanha, e ver de longe como cada tipo iria reagir. Eles ultrapassaram minhas expectativas, foram além do meu dinheiro e do orgulho deles próprios, mas já sabia que iria me decepcionar. Sinto apenas pena por Erick, que por tanto tempo foi julgado culpado por investigadores, sendo o mais inocente de todos, sendo vitimas de minhas chantagens por eu saber sua opção sexual. Esse foi um dos motivos da minha volta, me desculpar com Erick.
Não nego, que meu objetivo era ficar longe pra sempre, e ver quando minha herança fosse divulgada, e todos descubrissem que eu não havia deixado nada. Mas não se vive soltário nessa vida, eu voltei. Voltei para voltar a ser feliz, com a segurança, já que Ricardo está morto e viver um amor. Voltei por Carolina, voltei por mim e pelo filho que eu sentia que estava no ventre de Carol.
Eu voltei, com a recepção de todos os olhares daqueles que me rodiavam antes da minha suposta morte, toda a supresa daqueles que preferiam Eduardo morto. Com um abraço apertado de Seu Coutinho, um velho novo amigo. Um sorriso de Carolina e uma vida nova que eu iria reconstruir depois daquela noite de ano novo.

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