sábado, 28 de novembro de 2009

Caitulo 28- 'A noite de Ano Novo'

Coutinho já estava acostumado a fazer aquilo então não teve problemas ao entrar naquela sala onde todos os bandidos eram entrevistados:
-Muito bem Ricardo! Num tem mais o que fazer, conta tudo logo, pra num ti dar problema.
Porém Ricardo estava quieto, de cabeça baixa, respirando muito forte, parecia estar com raiva. Coutinho levantou-se da cadeira em que estava, aproximou-se ainda mais da mesa que o separava do assassino e esmurrou-a.Porém Ricardo nada fez, apenas disse:
-Se você sabe de tudo, velho, se vira. Não vou te contar nada, troxa.
Seu Coutinho parecia ter se tornado um demônio.Após ter escutado todas as palavras de Ricardo, pulou para cima do assassino e começou a socá-lo. Quando os outros policias entraram para
acalmá-lo Ricardo já estava desmaiado.
Na noite seguinte, Seu Coutinho estava em casa, pensando em como foi trágica a morte de Ricardo. Ninguém pensava na hipótese de que Ricardo iria morrer comendo um bolo envenenado, antes que ele pudesse dizer alguma coisa para a investigação.
O problema era, Ricardo estava morto, Seu Coutinho era o único que sabia a verdade, haviam advogados muito caros e bons agindo no caso e muita gente desacreditava na esperteza e sinceridade do velho policial.
Uma semana se passou desde da morte de Ricardo e Seu Coutinho parecia que tinha morrido para o mundo. Não se estressado mais com o barulho, não organizava mais sua casa, não tinha vontade de ler e escrever passava as noites em claro e tudo isso só por causa de uma coisa. Ele achava que tinha uma coisa errada e que ainda não tinha comprido seu papel nesta história toda. Porém ele não achava mais forçar para nada. O golpe que tomou dos policias da delegacia ao lhe dizerem que ele não prestava mais, tinha sido muito forte para uma recuperação.
Foi ai que o inesperado ocorreu. Seu Coutinho estava triste e melancólico em sua cadeira de balanço quando a campainha tocou. Resolveu atender, coisa que não tinha feito a semana inteira.Ao abrir a porta, tinha um carteira com um carta da mão,ele disse:
-Sedex 10, da Espanha, pro senhor, assina aqui pô favo.
"da Espanha?", Seu Coutinho se perguntou, "mas, eu num tenho nenhum amigo na Espanha" e ao abrir a carta, uma revelação que Coutinho não esperava.

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