terça-feira, 24 de novembro de 2009

capitulo 24 'a noite de ano novo'

Seu Coutinho abriu o guarda roupa, vestiu a sua velha camisa xadrez, aquela famosa bermuda marrom, seu par de meias sócias marrom para combinar com os sapatos e com a bermuda.
Tomou aquele café, que ele sempre se admirou por ser tão bom. E saiu para mais um dia de seu passatempo atual, tentar descobrir o assassino de Eduardo.
Seu Coutinho não entendia o porquê, mas esse caso parecia que ia ser muito especial para ele mesmo ou então seria o caso de sua vida.Por isso vivia atormentado ultimamente,coisa que nunca lhe aconteceu antes, pois seus anos de experiência na profissão sempre lhe deram segurança.
Atormentado e confuso, com seu andar leve e tranqüilo pela rua, Seu Coutinho que não era religioso e nem nada, resolveu entrar em uma igreja que estava do outro lado da rua apenas para descansar e pensar. Coisa que nunca havia feito em toda sua vida, pois seu Coutinho desde cedo sempre odiou a Igreja e nunca gostou de entrar e falar dela.
Quando começou a atravessar a rua seu Coutinho, confuso e inquieto, não viu se tinha algum carro passando, despercebido no meu da rua, escuta uma buzina, que estava tão perto que seu Coutinho deu um pulo ao escutar um jovem rapaz gritando dentro do carro, “TOMA CUIDADO ,SEU VELHO FILHA DA P***”, seu Coutinho como sempre foi educado, pediu desculpas ao rapaz e na igreja entrou.
Ainda muito assustado com o que tinha acontecido , seu Coutinho se sentou em um dos bancos e começou a lembrar, de seus tempos de policial, das horas de tiroteio intenso, das perseguições, dos casos solucionados, de sua mulher que tinha falecido, de seus filhos que não falava mais, dos seus antigos sonhos de adolescente e de suas frustrações. Pensando em tudo isso, seu Coutinho se levanta, olha para o teto da igreja, na esperança de ver Deus e diz:
-Ainda não acabou meu Deus, ainda tenho mais uma coisa para solucionar.
Então, depois de dois minutos exatos de sua fala, nas portas da igreja surgi àquela pessoa que ele não sabia, mais ia mudar sua vida.

Feito Por Augusto, n°06

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