domingo, 22 de novembro de 2009

Capítulo 22- A noite de ano novo

Seu Coutinho, havia listado todos os seus supeitos, Erick, Isabel, Carolina, Felipe, Ricardo e Alfred. Cada um com seus fortes motivos, segredos, dinheiro, amor, interesses e negocios. Seu Coutinho estava cercado de certezas e duvidas sobre o verdadeiro culpado pelo crime. Erick não era o unico a sofrer de alucinações, todos sofriam os frutos de sua consciencia pesada. Porém um deles sofria mais de seus temores.
Sim, não sei se havia arrependimento em sua ação, afinal tudo corria como o esperado, mas que sua consciencia pesava, isso ele não negava de si próprio. O assassino em cada instante que vivia, sua mente era ocupada com cenas antigas de lembraças com o morto, lembraças daquela noite, de como teve a idéia de seu plano, de como tudo havia dado certo, e da ultima cena de Eduardo que presenciou, ele ardendo em chamas no fogo de uma noite de ano novo.A cena em que reviveu várias vezes em sua mente.
- Porque logo agora que tudo está quase certo, eu tenho que sentir como se Eduardo voltasse para vingar sua morte em minha consciencia?- Se perguntava o assassino.
Vivia com dores de cabeças, olhos inchados e olheiras fortes, o que demonstrava noites mal dormidas. Sua cabeça sofria lutas internas, entre o bem e o mal.
- Será possivel que depois de tudo, meus sentimentos voltaram? - O assassino não se conformava.
Era perceptivel, que ele estava transtornado com algo, vivia longe e pensativo, as vezes falava e resmungava sozinho, se assustava facilmente com qualquer ruído ou barulho e até mesmo com pessoas, havia ficado mais silencioso, conversava com poucos e evitava falar sobre aquela noite com as pessoas. Era seco e curto quando a polícia o questionava sobre algo, e negava qualquer tipo de entrevista a imprensa.
Certa noite, estava tão atormentado que teve de tomar remédios acalmantes para dormir, apenas um não resolveu, o que fez tomar quase todo um pote, e consequentemente perder o horario de uma das vezes que foi chamado para depor.
Nesse mesmo dia foi visto uma ou duas vezes enfrente a igreja, como se estivesse em dúvida se entraria não, chegou até a porta em uma das vezes e hesitou em entrar. Não foi visto mais por lá depois.
Seu Coutinho, há algum tempo havia percebido todas as atitudes estranhas dessa pessoa, o que deixou mais atento a perseguir seus passos, com a finalidade de descobrir algo a mais.
Eu poderia citar nesse exato momento o nome do assassino, mas prefiro estender essa história, que ocupa minha mente e meu tempo vago, já que hoje estou longe de uma vida que já foi tumultuada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário